sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Você já agradeceu hoje?

Essa semana estava pensando sobre o que escrever e nada me vinha à cabeça. Mas então, comecei a receber vários artigos e textos de blog sobre a gratidão. Até o blog Zen habits, que você pode ver aí ao lado fala sobre isso. Então eu fiquei pensando, por que não?

Quando era pequena, eu lembro que quando saía com os meus pais e às vezes via crianças vendendo balas no semáforo eu pensava como eu era sortuda por ter um teto, uma casa, pais, sabe? E acho que me sentia agradecida. Mas o tempo passa e acho que a gente fica um pouco endurecida pela vida e acaba esquecendo do que é importante.

Depois de muito tempo eu passei a praticar a gratidão. A ideia veio de uma queridíssima das danças circular, a Debora, que tem até um site falando sobre: http://www.umagradecimentopordia.com.br/

Lembro que era um momento bem difícil para mim e a Debora falava de fazer apenas um agradecimento por dia, por um ano. Então comecei. De cara, parece fácil, mas e os dias que você quer que o mundo exploda? Como fazer com dias em que só se vê coisas ruins na TV, no planeta e você se sente impotente por isso.

Eu acho difícil, mas à medida que o tempo passa, você começa a perceber que tem sim muita coisa a ser grato: estar vivo, ter um teto, ter família, ter amigos, fazer calor, fazer chuva, um sorriso de alguém inesperado, uma ligação de alguém que você menos esperava. E fica mais leve.

Pra mim funciona. E para você?
Para inspirar, aqui vai dois vídeos. Um de um monge beneditino que fala da importância da gratidão no dia a dia e outro que circula pelas redes de uma senhora que tem uma vida bem difícil, mas para ela é tudo tão bom, que você começa a rever os seus problemas.


PS.: Ontem fui dançar e nessa incrível coincidência que é a vida, fizemos a dança do agradecimento, coreografada pelo Bernardo Wosien. Foi lindo!

sábado, 14 de novembro de 2015

Como consumimos e por quê?

Como já escrevi, venho vivenciando essa história de vida simples, minimalismo, diminuir o consumo há um tempo. Como também estou trabalhando essa história de como lidar com o dinheiro (como você pode ler aqui), acabei por entrar no desafio 30 dias sem compras, do site de trocas Tem açúcar?
que começou dia 15/10 (falta portanto, mais uma dia para acabar). E então decidi dividir as minhas impressões e aflições.

Tudo começou bem, afinal estou em um momento de orçamento baixo e comprar realmente não tem sido um verbo muito presente na minha vida. Minhas compras estavam limitadas à comida, condução, coisas ligadas à higiene, se fossem necessárias, material para o artesanato (afinal agora trabalho como artesã) e algumas saídas para encontrar amigos. Tudo fácil não?

Logo, li uma matéria e fiquei interessada em ler os livros que a matéria citava. Contudo, lembrei do desafio e então vi que a biblioteca aqui perto de casa tinha os livros. Que sorte! Não precisei gastar e me mantive no desafio.

Porém à medida que o tempo passava, me pegava desejando coisas que realmente não preciso no momento: produtos para o cabelo feitos de forma artesanal, lingerie, alguns livros...tudo isso eu já tinha, para que eu precisava de mais?

Algumas coisas fizeram falta: preciso de um roteador, e tentei consegui algum pelo próprio site do Tem açúcar ou do freecycle, grupo que faço parte, sem sucesso. Continuo com o roteador antiguinho que funciona masomenos.

E então, semana passada, acabei cedendo: fui numa feiras de editoras independentes e acabei comprando uns livros, depois participei de uma feira e comprei umas bijus no brechó...que coisa, acabei dizendo para mim mesma que era algo artesanal e comércio justo, mas mesmo assim podia ter ficado sem né, agora o jeito é usar mesmo!

E então, essa semana infelizmente tive de ceder: meus sapatos foram pras cucuias, precisava de novos ou pelo menos algum que estivesse bom para uso. Vi então no site Enjoei, que vende coisas quase novas ou novas até, mas que as pessoas não querem mais e acabei comprando dois pares.

E esse foi o saldo do mês sem compras:
algumas tentações,
três livros,
um  bracelete
um par de brincos
dois pares de sapatos

O aprendizado:
Ainda me deixo influenciar pelas malas diretas, sites, pelo que as outras pessoas escrevem ou dizem.
Tenho certa compulsão por artigos de higiene (principalmente pra cabelo), lingerie e livros
Livros: sempre acabo tendo mais do que leio e preciso rever isso
Repensar consumo é um exercício diário.

E você, já ficou um tempo sem comprar nada?

Olivia

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Desperdício x consumismo e o que isso interfere na abundância

Esse final de semana tive a oportunidade de ver um filme incrível sobre o desperdício - chama O saber do desperdício (Taste the waste), uma produção canadense de 2011. O filme é impactante, mostra como são desperdiçados toneladas de alimento todo dia (sim você leu certo, todo dia), que não estão estragados e poderiam ser consumidos.

Eles mostram um cálculo ao final que falam que tudo o que é desperdiçado poderia alimentar toda a população mundial três vezes. Isso, vc leu certo. 7 bilhões de pessoas poderiam ser alimentadas e de novo e de novo em um ano (acho q o cálculo era de um ano). Eu acredito depois de ver um monte de alimento sendo jogado fora.

Mas aí fiquei pensando: o que tudo que desperdiçamos no dia a dia, além da comida: roupas, produtos, sapatos, trabalho, dinheiro, tempo, amor...

Vivemos em uma cultura que cultua a escassez, dizendo que na vida falta tudo, para que possamos comprar, comprar, comprar, e aí desperdiçamos tempo comprando, tempo que poderíamos estar com os amigos, com a família, ficando em paz ou apenas curtindo, sem fazer nada (porque também desperdiçamos muito tempo com coisas inúteis, se for parar para pensar).

Eu fiquei refletindo muito sobre isso. Estou em um desafio de ficar 30 dias sem comprar (conto mais no próximo post). Quando isso acontece você começa a ver quanta coisa você acha que precisa que simplesmente não precisa, é um desperdício. O que isso traz além de guardar dinheiro: muito mais tempo, mais consciência nas relações, mais momentos de reflexão, mais criatividade (alguns momentos você precisa ser criativo para não comprar), muito mais paz de espírito e por que não dizer saúde, já que o estresse diminui?

E você, já parou para pensar o quanto desperdiça no seu dia a dia?